quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gripe suína

Foto tirada em uma praça no México


O atual protagonista midiático que proporciona colossal estrondo pelo mundo - a superar inclusive os tristes números recessivos da crise - vem na forma da gripe suína e evidencia mais uma vez o descaso das autoridades internacionais com a questão da saúde. Em 2003 a revista americana Science publicou antecipadamente a evolução acelerada do vírus H1N1 que, até então, manifestava-se em porcos.

Há algum tempo especialistas em virologia se preocupam com a mutação genética do vírus que inclui a variante H3N2, gripe do tipo A, qual torna possível o contágio em seres humanos. A explicação mais coerente se dá à vista da precarizada industrialização dos métodos pecuários, desprezando questões como tratamento sanitário e falta de ações preventivas.

“Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Atualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agente patogénicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários.” conforme o professor Mike Davis, do departamento de História da Universidade da Califórinia.

Neste momento o surto tem proporções emergenciais e eleva o índice para nível 5 do alerta atribuído pela OMS, que agora apressadamente, investe em uma solução estratégica antipandêmica. O contágio tem formas extremamente maiores, contudo, porque pega diretamente nos escrúpulos de alguns.




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